Raça de Cão Chihuahua
País de origem Méxicono grupo 9, pertencente a seção 6. É ainda uma das menores raças de cães do mundo, empatada em medidas com a pequeno cão russo. Seu nome vem da região de Chihuahua no México e é descrito como extremamente delicado, afetuoso e possessivo. Assim como todo cão de luxo, como são chamados estes animais de companhia, o chihuahua não é propriamente um cão de caça, embora seja bem visto como um canino de guarda doméstico eficiente. Devido a seu tamanho e sua facilidade de adaptação, é bem tido como animal de estimação por donos inexperientes e práticos.
Um techichi, animal um dia considerado praticamente sagrado, é tido como o ancestral selvagem do chihuahua.
Origem
Sobre a origem deste canino não existe apenas uma teoria mas várias, que variam desde a China ao Império asteca, o que gera inúmeras questões. Por alguns, são considerados serem descendentes de uma raça semelhante e antiga, um pouco maior e associada com a realeza da civilização asteca conhecida como techichi. Em decorrência disso, pode-se dizer que esta é a raça mais antiga da América do Norte, com origens mexicanas, já que o seu nome é o do estado mexicano de Chihuahua. Já para outros parece que, apesar deste animal estar ligado a nação latino-americana, tenha sido introduzido no país pelos chineses.
Apesar das teorias, o que é realmente considerada é sua ligação com o techichi. Por terem sido encontradas imagens gravadas em pedras sobre esses animais, foi possível visualizar semelhanças entre elas. Alguns chegaram a afirmar que o techichi fora um animal selvagem capturado e domesticado pela civilização tolteca. A despeito disso, para aquela civilização, e apesar de não servir como cão de trabalho devido a seu tamanho, os techichis eram animais quase sagrados,
com os quais as pessoas poderiam ter uma relação de amizade mesmo após a morte, e que estes os acompanhariam no além-vida. Isso significava que, quando o dono morresse, o cão deveria ser enterrado junto, fato este comprovado em tumbas encontradas na região, com homem e cão um ao lado do outro. Enquanto raça legalmente mexicana, as evidências que isso afirmam são comprovadas pelo fato de a maioria dos registros dessa antiga raça tenham sido encontrados próximos da Cidade do México. Por essas razões, especula-se que ele tenha sido criado, a partir do cruzamento do techichi, com um pequeno cão pelado que foi trazido da Ásia para o Alasca,
supostamente responsável pela baixa estatura do canino. No que diz respeito a especulações, existem ainda as teorias de que o cão tenha vindo de uma ilha cubana ou do Egito, devido a ossadas encontradas serem bastante assemelhadas ao chihuahua. Todavia, estes indícios remontam a 1000 a.C e nada se sabe a respeito da semelhança das raças.
O chihuahua, acredita-se, possui forte parentesco com o techichi, do qual só não herdou o tamanho.
Antes de chegar aos Estados Unidos e após as invasões espanholas, que exterminaram a civilização tolteca, o chihuahua foi deixado a outros nativos, o que gerou o risco de extinção pelo desconhecimento do tratamento destes caninos. Contudo, a sua reprodução deu-se de forma satisfatória até à sua descoberta pelos norte-americanos, que nomearam a raça como Arizona e Texas, e ajudaram nos cruzamentos daqueles pequenos animais.
O que há de certo é que várias histórias foram formuladas a respeito do passado deste cão, e em todos esses registros, de onde possivelmente ele pode ter se originado, sempre há a descrição de um canino semelhante ao moderno chihuahua. Porém, o passo seguinte foi reconhecer o animal mundialmente como raça, algo até então só ocorrido nos Estados Unidos. No século XIX, a raça foi transportada para outros locais. Na América, participava de competições de raça e teve seu primeiro exemplar registrado em 1914. A partir deste momento, o "refinamento" da raça tornou-se constante e com isso reduziu-se o seu tamanho, tornando o animal mais fino e criou-se a variação de subpelo. Durante a Segunda Guerra Mundial, no entanto, o chihuahua foi quase extinto. A despeito disso, sua criação posterior voltou ao normal e a raça recuperou-se numericamente, conquistando pouco a pouco espaço como raça de companhia em lares pelo mundo.
Sua popularidade foi atingida devido a sua excentricidade, aparições em filmes e televisão, fragilidade e tamanho, características importantes que ajudaram o chihuahua a conquistar o apelido de "cão de colo", que despertam o instinto maternal e a necessidade do ser humano em acolher e cuidar.
Os sentidos
Os chihuahuas, apesar de pesarem um máximo de 3 kg, são membros da família dos canídeos e possuem características semelhantes às raposas e coiotes, dividindo o físico e os sentidos com a família de predadores dos lobos. Estes pequenos caninos possuem sentidos apurados que não se perderam após os cruzamentos seletivos. Seus sentidos sensoriais - olfato, visão, audição, paladar e tato .
Reprodução e filhotes
Os cuidados com o chihuahua iniciam-se em seu nascimento, já que, se comparado a outras raças, seu físico é delicado.
O sistema reprodutor canino é semelhante ao do ser humano, excluídas as particularidades. Para a chihuahua, bem como para as demais cadelas, a gestação é de sessenta dias. Por ser um animal pequeno é comum para estas fêmeas darem a luz a um número reduzido de filhotes, entre dois e três, mais raramente, quatro, embora haja relatos de chihuahuas que tenham tido seis filhotes. A fêmea ainda requer cuidados alimentares, de nutrientes ricos em vitaminas, proteínas e cálcio
Por ser chamado cão de colo e por isso tem seus exemplares menores mais valorizados, a reprodução do chihuahua é, em geral, assistida, devido ainda ao fato de ser uma raça criada para manipulação do pedigree. Seus cruzamentos são controlados e por vezes usa-se de inseminação artificial. Nos chamados cruzamentos naturais, o processo é iniciado na fase do cio da fêmea, que dura em média de quinze a vinte dias, cujo ápice da fertilidade é atingido entre os 8º e 11º dias. Como nas demais raças, as chihuahua nascem com um número definido de óvulos, ao passo que os machos permanecem férteis até a idade sênior.
Apesar de sua constituição miniatura, os filhotes destes caninos são descritos como ativos e brincalhões. Todavia, os cuidados especiais com seu tamanho iniciam-se desde o nascimento para que não sejam vítimas de quedas, que podem comprometer sua ossatura ainda em formação.
Entre as peculiaridades destes filhotes, estão o fato de poderem ser criados por qualquer outra raça, já que são adaptáveis, ainda que os cuidados sejam exigidos, em vista da diferença de tamanho e peso entre o filhote do chihuahua e qualquer outro canino; e o inconveniente de não poderem ser banhados até os cinco meses de vida.
Em cães de companhia, a esterilização e a castração variam de acordo com criador e dono, dependendo dos objetivos. Em geral, estes processos são considerados por alguns donos devido aos benefícios vistos por eles. Por exemplo, de acordo com estudos, os machos castrados tendem a ser mais passivos e não necessitam marcar os territórios, pois não precisam demonstrar dominância; já as fêmeas parecem viver dezoito meses a mais que as não-castradas. Contudo, os procedimentos em si consistem na remoção dos órgãos reprodutores. Enquanto retira-se o útero e os ovários das fêmeas, retira-se os testículos dos machos.
Envelhecimento, comunicação e locomoção
Sua frágil constituição, com o chegar da velhice, torna-se ainda mais delicada e requer uma maior atenção da parte de seus donos. Entre as principais enfermidades que podem acometer estes idosos cães está o nervosismo.
O chihuahua, considerado o menor cão do mundo, vive uma média variável entre quinze e dezoito anos, o que, se comparado a cães maiores, é longa. Como cão de porte pequeno e miniatura de colo, o resultado obtido para o chihuahua foi a soma dos cinco primeiros anos caninos para um ano humano. A partir daí são contados quatro anos de um cão pequeno para um vivido pelo homem, ao passo que em cães maiores, de maturidade mais lenta, a tendência é de envelhecimento mais rápido. Com base nessas afirmações, pode-se dizer que o chihuahua nascido no mesmo dia e ano que um homem, tenha, cinco anos humanos mais tarde, o equivalente a 21 anos.
Os chihuahuas seniores tendem a sofrer com doenças, dores e alterações comportamentais. Por essa razão, é importante dar atenção às mudanças da idade para suprir as novas necessidades. Entre os principais males que podem acometer estes
idosos caninos estão o nervosismo e os problemas ósseos, além de doenças e problemas comuns as demais raças, como o mal de Alzheimer e a depressão, a perda de tonicidade cardíaca e da flexibilidade articular. Ainda especificamente nos chihuahuas, é também necessário que se atente à alimentação com maior cuidado, bem como às mudanças de temperatura, pois este cão, sempre delicado, o é ainda mais na velhice. Além disso, a visão e a audição prejudicadas, a quietude e o descoloração da pelagem são fatores do envelhecimento descritos como normais, que afetam todas as raças.
Estes pequenos ainda usam da linguagem corporal para demonstrarem medo, ansiedade,
interesse, alegria e outras emoções, e para se socializarem e descobrirem seu lugar no convívio com os outros, já que são animais gregários. Por preferirem os latidos, seja para atrair atenção ou para alertar, o chihuahua pode passar por medidas corretivas, vistas pelo ser humano como soluções.
Comportamento e relacionamento com o homem
O chihuahua, enquanto parte da cultura humana, passou por cruzamentos para diminuir seu tamanho e para tornar-se um "eterno bebê", o que gerou alguns pontos negativos em sua personalidade. Apesar disso, é visto como o cão de colo número 1 no mundo, graças a seu 1 kg e sua aparência exótica.
De acordo com estudos sobre a inteligência canina e, principalmente, em lista elaborada pelo pesquisador e neuropsicólogo Stanley Coren, na qual divide a inteligência destes animais em três - adaptativa (capacidade de resolver problemas), instintiva (comportamento ditado geneticamente) e de obediência (capacidade de obedecer a comandos) - o chihuahua, apesar de ser considerado um cão doméstico bastante esperto, aparece no ranking na 67.ª colocação, dentro do grupo de cães de inteligência em trabalho e obediência razoáveis, o qual é composto, em maioria, por raças de pequeno porte.
Estes cãezinhos são conhecidos por sua personalidade
e lealdade, embora se mostrem intolerantes com crianças, até mesmo por seu diminuto porte físico. No entanto, são reconhecidamente ágeis e inteligentes dentro de seus lares, embora sejam relutantes a comandos básicos. Seu tamanho o torna um cão adaptável a diversos ambientes, incluídos apartamentos, mansões e fazendas. Como ponto negativo, os chihuahuas apresentam-se propensos a instabilidade nervosa, o que os torna excessivamente medrosos, ciumentos ou agressivos. Tal propensão requer que este animal seja bem treinado desde cedo, a fim de adaptá-lo corretamente.
Por essas razões, o adestramento de obediência é pauta constante em livros sobre estes caninos, que podem facilmente ser envenenados de forma letal após ingerirem pequenas quantidades de plantas ou comida.
É uma raça muito divertida e jovem, sendo um cão doméstico ideal. Apesar do seu pequeno tamanho é um cão valente e atrevido. Não gosta do frio, mas habitua-se bem a qualquer país. Os Chihuahuas são uma raça que vive entre 14 – 16 anos em média.
As cores habituais desta raça são o loiro, areia e marrom. Geralmente necessita de poucos cuidados sobre o pêlo. Existem duas variedades dependendo da pelagem (de pêlo curto e de pêlo longo).
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